Manaus registra os dias mais quentes do ano em Setembro

Os dias 2 e 19 deste mês foram os mais quentes do ano na capital do Estado, de acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). Apesar da temperatura ter chegado na casa dos 36,7ºC, nos dois dias, a meteorologista do órgão, Naiane Araújo, afirma que está tudo dentro da normalidade. “O que acontece é que, nesta época do ano, a quantidade de chuvas é menor e isso ocasiona uma elevação do calor, mas isto é normal para o período”, explica ela.

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Sobre a alta sensação térmica em Manaus, Naiane lembra que a umidade da Região Norte é um dos fatores predominantes para o desconforto. “Manaus e o Amazonas em geral são muito quentes e também muito úmidos. Portanto, essa junção do calor com a umidade acaba por provocar o que chamamos de desconforto térmico”, comenta a meteorologista.

Chuvas de outubro devem ocorrer dentro da normalidade ou abaixo (Foto: Eraldo Lopes)

Outro fator que influencia diretamente na questão da sensação térmica é a dificuldade de chegada das chamadas ‘friagens’ na região. “Por conta disso, acaba que somente a chuva age como termorregulador do clima. Portanto, somente ela tem o poder de diminuir a temperatura no Estado. Como nessa época do ano ela fica escassa, a tendência realmente é sentir mais calor”, revela Naiane. A média de temperatura, até ontem, no mês, está entre 33ºC e 35ºC.

O Inmet divulgou, ainda, um prognóstico climático para o período da primavera (estação que ocorre no Sul e Sudeste do País) que iniciou no dia 22 deste mês e segue até 21 de dezembro. Segundo o órgão, “para a primavera, os modelos climáticos indicam que a Região Norte deve apresentar forte variabilidade espacial na distribuição de chuvas, com significativa probabilidade de áreas com chuvas dentro da faixa normal ou abaixo”.

A meteorologista do Inmet descarta qualquer impacto na Região Norte com um possível episódio do fenômeno ‘El Niño’. “Se de fato houver um novo ‘El Niño’, deve acontecer no final da estação, entre novembro e dezembro, mas dificilmente terá um impacto no Amazonas”, adianta.

No que diz respeito à vazante do Rio Negro, Luna Gripp Simões Alves, do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), informa que está tudo dentro da normalidade. Nesta terça-feira, a cota do Rio Negro está em 23,21m, estando 4,71m acima da cota observada neste mesmo dia do ano passado, que foi 18,50m. A maior vazante catalogada pelo CPRM ainda é a de 2010, quando o rio atingiu 13,63m, seguido de 1963, com 13,64m, e de 1906, com 14,20m.

 

Via: d24am