Manaus – Quando ir? Como chegar? Onde ficar? O que fazer?
Falar em turismo na Amazônia sempre evoca Elis Regina cantando “Querelas do Brasil”, de João Bosco e Aldir Blanc: o Brazil não conhece o Brasil / o Brazil nunca foi ao Brasil. O que estamos perdendo? Uma viagem riquíssima, que mistura resquícios da mitológica Manaus da época da borracha — quando atendia pela alcunha de Paris dos trópicos — com uma forte cultura indígena, manifestada sobretudo na culinária. A selva está à porta; Manaus pode servir tanto de base para rápidos passeios pela região, como de ponto de partida para um cruzeiro fluvial ou uma temporada num hotel de selva.
Quando ir
Não é à toa que a língua inglesa se refere às florestas tropicais como “rain forests”. Chove bastante e é abafado sempre – mas São Pedro dá uma pequena trégua no verão amazônico entre junho e novembro, quando costuma chover apenas uma vez por dia, e rápido. Lá por agosto o nível dos rios já baixou o suficiente para fazer aparecer praias fluviais. Para o turismo de selva, porém, é melhor ir enquanto os rios ainda estão cheios: é quando a floresta alaga e proporciona os passeios de canoa e voadeira pelos igarapés (canais) e igapós (lagos) até as suas entranhas. Para o melhor equilíbrio entre chuvas e volume d’água na mata, viaje em junho e julho. Em contrapartida, entre outubro e dezembro, devido ao nível baixo das águas, muitos passeios de canoa serão substituídos por caminhadas. A melhor época para visitar o Teatro Amazonas em grande estilo é durante o Festival de Ópera, que costuma acontecer em abril ou maio.
Como chegar
O aeroporto de Manaus é servido por vôos diretos de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belém, Belo Horizonte, Fortaleza e Campinas. O táxi do aeroporto é tabelado: custa R$ 58 tanto para os bairros centrais como para a Ponta Negra, onde estão os hotéis Tropical e Park Suites. De lá é possível prosseguir de avião a todas as capitais amazônicas e várias cidades do interior, como Santarém (no Pará), Parintins e Tefé. Há poucos vôos vindos do exterior. Atualmente Manaus é ligada por vôos diretos apenas a Miami e à Cidade do Panamá. Barcos de linha partem do porto da cidade para todas as localidades ao longo do Amazonas, em viagens que envolvem entre um e três pernoites. As acomodações mais confortáveis são cabines com banheiro. Para viajar no convés deve-se comprar sua própria rede. Compre sua passagem diretamente no porto, de preferência com alguns dias de antecedência.
Onde ficar
A localização mais conveniente para turistar é o Centro da cidade, onde se destacam os moderninhos Go Inn (padrão Ibis Budget, mas com café incluído) e Casa Teatro (que tem quartos tipo “pod”, com banheiro compartilhado, e também suítes com banheiro privativo). A localização turística mais nobre é na praia de Ponta Negra, onde estão o Tropical (peça um quarto renovado) e o Park Suites (a melhor piscina da cidade). É caro ir e voltar (o táxi, tabelado para quem pega dentro dos hotéis, custa os mesmos R$ 58 do aeroporto para qualquer ponto da cidade). Quem se hospeda por ali fica ilhado à noite. Para se hospedar perto de bares e restaurantes, fique em Vieiralves (onde o básico-novinho Express Vieiralves fica numa rua de botecos) ou Adrianópolis — onde, próximo ao ótimo Manauara Shopping, se encontram o Quality (do lado), o Mercure Apartments (a uma quadra) e o Blue Tree Premium (a três quadras).
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O que fazer
O centro da cidade é facilmente visitável. O entorno imediato do Teatro Amazonas é organizado e seguro. Depois de visitar o teatro (as visitas são guiadas e ocorrem a toda hora), dê um pulinho ao Palácio de Justiça, que fica atrás, e à casa onde morou Eduardo Ribeiro, na rua transversal. Volte à praça para um tacacá no quiosque da Gisela (a partir do meio da tarde), um sanduíche de pernil no Bar do Armando (que ferve à noite) e um sorvete na Glacial (que tem ótimos sabores amazônicos, na quina da praça). Faça compras na Galeria Amazônica, na mesma calçada da Glacial, que tem uma coleção espetacular de artefatos indígenas com origem documentada e preços ótimos. Se não quiser fazer o passeio do Encontro das Águas com agência de turismo, trate um barco no Porto da Ceasa. Não deixe de visitar o Museu do Seringal Vila Paraíso; o ponto de partida é a Marina do Davi, passando o hotel Tropical (e na volta dá para tomar um banho na Praia da Lua).
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